segunda-feira, agosto 22, 2005

Perdido num oceano de gente achada, por entre caminhos marítimos famosos de portos desconhecidos, procuro-te. Estás aqui, ali, aquém e além. Estás tão perto e eu não te vejo; estás tão longe e eu não te ouço. Vejo a tua face num quadro, sinto o teu cheiro nuns cabelos, ouço a tua voz ao meu lado e não te vejo. Estou cego de gente, só vejo caras familiarmente desconhecidas. Mas não te vejo. E sei que estás tão perto. E sinto a tua presença. Onde estás? Preciso de ti.

sábado, agosto 20, 2005

O sol caía de um lado, a lua nascia do outro. O claro-escuro, o lusco-fusco, o nascer da noite e o cair do dia. A união perfeita de duas naturezas aparentemente tão diferentes. Tal como o mar se enrola na areia e apaga a marca de alguém, feita por alguém. Tal como nós, mar e areia, nos encontramos naquela praia de areia e mar.
O barulho das ondas é a única coisa que ouvimos. A noite, já caída por completo, abraça-nos com o calor frio de uma mãe ausente. E tu abraças-te a mim para eu te aquecer, o meu coração quase salta do meu peito para o teu. Quero abraçar-te, levar-te ao colo até ao horizonte, seguir contigo para a eternidade, mergulhar no teu mar. Quero correr a teu lado, passear contigo ao luar laranja, molhar os pés na noite gelada só porque sabe bem um frio aconchegante de vez em quando. Provar o sabor dos teus lábios, ouvir as tuas palavras de mel, sentir o calor do teu abraço. Quero-te muito. E naquela noctívaga praia deserta, teremos para sempre a nossa marca na areia daquela lua laranja. Teremos para sempre os nossos pés no gelo marítimo. Terei para sempre o teu sorriso, terás para sempre o meu coração.
Seremos para sempre aqueles dois sob a lua laranja numa noctívaga praia deserta.

quinta-feira, agosto 04, 2005

E vão duas semanas. E eu nunca estive tão feliz. Quebrei todos os recordes.

Sim, eu sei, tenho escrito pouco por cá. A verdade é que este blog cada vez começa a fazer menos sentido para mim. Talvez seja altura de terminar esta história. Na realidade, eu gostava de poder acabar assim este blog, com aquela frase tipo "e fomos felizes para sempre". As minhas vindas cá estão cada vez mais espaçadas e cada vez escrevo menos. Se por um lado é bom que eu não tenha tanta necessidade de escrever como dantes, não sei se me agrada a ideia de fechar este livro. Sinto que se o fizer, é como se matasse uma parte de mim. Uma pequena parte de mim que foi tão importante para a minha sobrevivência no último ano. Agora a decisão é vossa. Dos meus amigos que visitam este meu canto. Se acham que não há mais sentido neste antro, é dizerem que eu ponho de boa-vontade a frase feita dos livros de histórias. Se pelo contrário, acham que ainda não está na altura de se fechar esta história, se quiserem continuar a ouvir os episódios que me tocam de alguma maneira, então digam-no porque então farei um esforço para continuar a escrever por cá.
The joke is on you.