sexta-feira, novembro 26, 2004

As I walk into the room, the full moon shine entering by a open window blinded me. I stopped for a second to adapt my eyes to the dark, and then I continued walking to you. The music around us was the most beautifall of all, silence. As soon as you saw me, you standed up immediatly, letting your bench of prowd fall down to the ground.
I fixed your smile, with a shine like the gorgeous full moon in the cold dark night out there, and suddently you started walking towards me. I shaked in fear. You were approaching slowly, like if you had pleasure in making me suffer.
In the second that I could saw you're beautifull dark eyes, I saw a small tear, shy and precious, hiding itself from me in your eye. You finnaly got by my side, face to face, with your sad eyes glazing into my painfull eyes. You're lips said a silent "I'm sorry" and you're eyes set free that shy tear down to your neck.
You embraced me with a strenght that I thought you didn't have and you keep crying in silence, feeling sorry for you and for me. Then, you whispered into my ear an even more sorryed "I'm sorry" than before.
You kissed me in a silent kiss, you're lips next to mine, you're eyes closed in a passionated way.

And during this whole story, I couldn't stop thinking: "The moon is so amazing tonight".


If only love was that beatifull in the real life, instead of being so damn painfull...


quinta-feira, novembro 18, 2004

Levantei-me e saí de casa hoje de manhã. O frio penetrou por todos os meus poros mal a porta se abriu. Um frio que me enregela o corpo de alto a baixo, que me deixa tenso e com vontade de voltar para casa, de me aconchegar novamente na cama e dormir mais um pouco, sem me preocupar com as responsabilidades de estudante.
Mas eu gosto do frio. Ao contrário do calor, o frio aproxima as pessoas, cria uma sensibilidade natural e uma clima propício ao convívio familiar.
Mas em mim o frio tem um efeito diferente. Deixa-me activo, faz-me pensar em coisas para fazer e faz com que eu abandone o torpor solitário quase permanente em mim.
O frio congela-me os sentidos e abandona-me da minha sensibilidade? Talvez, mas ajuda-me a viver mais feliz, com um sorriso mais verdadeiro e com uma esperança num dia melhor, num dia de amanhã mais quente, ou até, mais frio.

terça-feira, novembro 16, 2004

Pensava que era mais forte do que tudo isto. Pensava aguentar sempre com a mesma fachada de imparcialidade tudo o que viesse, julgava já ter esquecido o que sentia. Talvez estivesse enganado, e estava. Estava tão enganado que não resisti e rendi-me ao primeiro sorriso envergonhado que me lanças-te, sorri de volta enquando que me castigava mentalmente por ser tão benevolente.
À pouco, enquanto te fazia reparar no reflexo da lua (como já não fazia há muito) senti-me indefeso perante a apresentação de uma velha coisa, de que estava convencido que nunca teria de ver outra vez.
A príncipio como que foi assustador, mas depois, foi movendo lentamente até a um surpreendente conforto de velho quarto aconchegante. Entretanto, na minha cabeça, saudade e dor misturavam-se num alucinante remoinho de confusão, deixando um sorriso na cara e um golpe no coração.
Enquanto estavamos abraçados, não resisti a cheirar o perfume do teu cabelo, como fazia dantes, e aquele sentimento assustador e reconfortante voltou novamente. Talvez ainda não estivesse preparado para a ideia de que não era assim tão forte, tão decidido quanto julgava.
Talvez não passe só do medo de voltar a sair magoado, o que é certo é que a revisitação deste sentimento relegado para o esquecimento veio-me trazer a um estado de alma um tanto-ou-quanto esquisito. Não é bem tristeza e muito menos alegria. Não estou propriamente feliz mas também não estou deprimido. É mais uma certa desilusão comigo mesmo. Uma desilusão que só pode ser culpa minha, ninguém me manda recalcar uma coisa que nunca se decidiu a abandonar o seu devido lugar. Devia de saber isso. Certo certo é que não há novas esperanças com esta reviavolta interior, o que eu penso que vai acontecer é exactamente o que eu pensava que ia acontecer há uns três meses atrás: nada. Não tenho a ilusão de que o tempo e a distância te fizeram aperceber que precisavas de mim. Não tenho a ilusão de que desta vez é que vai ser. Só voltei ao sítio onde estava à três meses, apenas isso. Como se não se tivesse passado nada, a minha intenção é apenas de esquecer o horror de meses de sofrimento, basta para isso ouvir as palavras certas. Agora o que eu quero é poder dormir descansado.
Só quero reactar a amizade perdida de um amor impossível, nada mais.

domingo, novembro 14, 2004

Não aguentava mais. Tive que fazê-lo. Simplesmente não aguentava passar mais noites só a recordar, roído de saudades dos tempos que passaram. Ontem, fi-lo. Dei novamente o primeiro passo. Rebaixei-me mais uma vez, olhei nos olhos e abracei quem me impediu de dormir em condições durante tanto tempo. Engoli outra vez o orgulho porque já não aguentava mais, já não conseguia viver sempre nesta angústia de uma grande amizade em stand-by. Agora, só o tempo dirá se tomei a opção certa, só o tempo me vai dizer se as coisas vão se aproximar do seu estado natural, desta vez sem sentimentos reprimidos, só com a amizade de que eu tanto sentia falta. O que é certo é que agora estou pelo menos aliviado. Estou pelo menos com a cabeça vazia, com o espírito tranquilo de que não há realmente mais nada que eu possa fazer para reactar o que perdeste.
Hoje, quando me despedia de ti num abraço triste, senti um sorriso de alívio na tua cara. Ainda não está tudo resolvido mas está no bom caminho.
Incrível. Partiste à pouco mais de hora e meia, e já estou cheio de saudades tuas, só que agora já te posso ligar nas noites solitárias.
Estou tranquilo. Tinha saudades de estar tranquilo. Tinha saudades tuas.

sábado, novembro 13, 2004

Noutro dia, antes de adormecer, recordei o tempo passado. Recordei aquelas alturas em que te podia ligar sem dar parte de fraco, lembrei aquelas alturas em que sonhava contigo acordado e andava sempre com um sorriso na cara e um lanho no coração por estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Recordei aquelas alturas boas que passamos, quando viamos um filme abraçados , quando passeavamos de mãos dadas e quando por "acidente" nos beijava-mos, vezes sem conta. Lembrei-me daquela noite em que me apaixonei por ti e daquela noite em que preferia não me ter apaixonado, mas sem mágoa ou dor ou qualquer tipo de rancor adormecido, apenas com pena das coisas terem terminado deste modo, com pena de ter sofrido tanto sem que tu merecesses. Lembrei-me outra noite, enquanto adormecia das conversas parvas que tinhamos, só para ouvirmos a voz um do outro, lembrei-me da noite de Abril que passamos completamente em claro, só a falar e a reparar um no outro. Lembrei-me da maneira como te costumavas sentar em cima de mim, da maneira como te deitavas sobre mim enquanto viamos um filme e da maneira como tu me deixavas repousar a cabeça no teu regaço enquanto eu observava as estrelas. Lembrei-me, há umas noites atrás, de que não era realmente feliz, mas apenas tinha estes pequenos momentos de felicidade verdadeira. Lembrei-me que sofria também bastante naquele tempo, no tempo em que eramos amigos verdadeiros. Sofria por isso mesmo, por sermos amigos e não mais. Agora que perdi isso involuntariamente, vejo o quanto era importante e apercebo-me de que precisava muito de ti, mais e de uma maneira diferente da que eu imaginava. Mas agora estás longe, tanto do coração como da vista, e eu não posso fazer nada quanto a isso. Tens de ser tu a percorrer esse caminho, tens de ser t,u que te afastaste, a voltar para trás. Agora, nem com toda a vontade do mundo eu posso fazer alguma coisa por nós. Tanto é, que noutra noite, quando as saudades apertaram ao máximo, a única coisa que pude fazer foi recordar os momentos bons que passamos e imaginar que já tinhas voltado e que estavas ali ao pé de mim, enquanto que o telemóvel parecia ganhar vida e quase que ligava para ti, sem autorização. Não te liguei nem disse nada. Podia ser que estivesses a passar pelo mesmo, gostava que sim. Mas nesse caso não vou quebrar, não vou percorrer um caminho que não é meu. Tens que ser tu a fazer isso. Eu limito-me a recordar.
Na outra noite, tive saudades tuas.

quinta-feira, novembro 11, 2004

Notícia para todos aqules que lêm o Era uma vez um rapaz... regularmente:

Se bem se lembram, à uns tempos atrás anunciei aqui que me tinha decidido a escrever um livro sobre os factos que estavam por detrás dos textos que foram escritos neste e noutro blog como forma de tentar acabar com a tristeza que reinava em mim. Como o primeiro objectivo foi como que ultrapassado, tinha-me resolvido a deixar incompleto o livro que entretanto começara e que pouco mais tinha do que o prefácio e o primeiro capítulo, já que o seu objectivo primordial tinha sido concretizado.
No entanto, o volte-face aconteceu. A partir de agora o "Era uma vez um rapaz..." (o título do livro) está oficialmente a ser escrito com o objectivo de se candidatar ao "5º Prémio de Ficção Literária Fnac/Teorema" cujo prémio é a sua publicação pela Teorema, isto é, se for acabado antes do prazo limite (15 de Fevereiro 2005). Desejem-me boa sorte, mas acima de tudo, inspiração.

P.S.: Sim é verdade, vendi-me...

domingo, novembro 07, 2004

Será normal não ter rumo, objectivo ou qualquer tipo de meta? Será que é suposto eu não estar minimamente interessado na vida? Porque é que as coisas que antes me davam prazer agora não passam de acontecimentos monótonos, obstáculos de uma vivência sem alma nem gosto? Porque é que me apetece perder num sonho, ir dormir e não voltar a acordar, ficar eternamente no reino da minha fantasia onde tudo me é possível? Simplesmente não vejo razão para ansiar pelo dia de amanhã. E as horas vão passando e vão me deixando cada vez mais ansioso porque o dia apressa-se a acabar e o amanhã não tem interesse. Viver numa disposição de indiferença é pior do que não viver de todo. E é assim que eu hoje vivo. Já não encontro gosto em nada do que faço, para além de escrever e tocar. Já não há alturas do dia em que paro e digo para o céu: "Estou contente por viver". A vida para mim não tem interesse ou finalidade. Não há razão para sorrir, mas no entanto sorrio. Não há razão para continuar a viver, mas no entanto continuo. Sem esperança de melhora, sem esperança no futuro. Vivo sem viver e passo o presente como se de um passado se tratasse. O amanhã virá, mas por mim bem que poderia contiuar a ser sempre hoje.
O amanhã é só mais um dia mau.

Deito-me com a cabeça cheia dos percalços vividos e olho para o tecto branco e alto com a esperança estúpida de obter uma resposta plausível para a minha indisposição natural. Olho para cima e penso que não merecia nada do que passei e desejo, enquanto fito o tecto admiravelmente branco, desejo ter alguém a quem ligar só para sorrir quando ouvir o "olá" que vem do outro lado da linha. Levanto-me cambaleando miseravelmente até à janela mais próxima e debruço-me para a visão de uma realidade mais feliz e bonita. Olho o horizonte colorido de um pôr-do-sol esperançoso e declaro que "amanhã será melhor". Procuro um sentido e uma razão para aguentar até amanhã que não é mais do que uma simples preposição de melhoria de auto-estima composta por falsos argumentos. Observo o mar do parapeito da minha janela e sorrio. Sempre me acalmou o mar. Quando estou numa encruzilhada emocional, ou mesmo num simples beco sem saída, muitas vezes, só o mar me consegue trazer de novo à realidade numa maré de fantasia. Da minha janela, sob o céu fantástico de um alaranjado tingido pelo pôr-do-sol, sorrio para mim mesmo num sorriso monótono e reconfortante. Um sorriso vazio de alegria, preenchido por uma tristeza e solidão já completamente assimiladas e ignoradas, já parte autêntica de mim.
Fecho a janela e deito-me novamente na cama fitando o céu branco do meu quarto. Ponho a música triste, a banda-sonora que acompanha a minha vida e fecho os olhos, na simples esperança de que amanhã será melhor.

Pensamentos estranhamente solitários ecoaram pelas paredes nuas e doentes da minha cabeça durante esta semana. Adoeci, nada de grave felizmente, a não ser para a minha sanidade mental. Apenas agora reparei, depois de me ver desprotegido fisicamente, que continuo ainda bastante frágil de coração. Senti novamente falta. Senti falta das mensagens de melhoras, dos toques e dos telefonemas. Senti falta de ter alguém a quem me abraçar nos momentos de tédio quando a dor de cabeça e a temperatura elevada do meu corpo se acentuassem. Senti novamente a vontade de ligar para alguém que tivesse a certeza que largaria tudo para me atender, fosse o que fosse que estivesse a fazer e apercebi-me uma vez mais de que continuo sem essa pessoa. Continuo sem alguém em quem pensar nas noites solitárias e nas tardes calmas e chuvosas. Continuo sem ninguém para dirigir toda a minha energia e continuo sem ninguém acerca da qual possa sonhar novamente. Gosto da sensação quente e reconfortante, do gesto altruísta de pensar em outra pessoa mais do que em mim. Gosto e sinto falta da sensação de não me conseguir concentrar em nada, da sensação de que nada mais importa do que a hora em que a vejo passar ao longe e da sensação boa que tenho sempre que recebo um telefonema, uma mensagem ou um simples toque de um alguém muito especial. Não sem viver só para mim, não consigo. Aliás, não sei como consegui ter passado tanto tempo sem ninguém como meta. preciso de estar apaixonado para me sentir bem. Gosto de estar apaixonado. Detesto estar amargurado e é assim que estou à já algum tempo.
Quero me voltar a apaixonar.

Sinto-me tão sozinho esta noite que a noite me parece mais escura e o silêncio mais pesado. Sinto o peso do negro nos ombros e quando olho à volta à procura de uma saída só encontro as trevas. Sinto-me sozinho e perdido esta noite, engolido pela madrugada solitária e triste passada em frente a um ecrã de um computador que parece ser o meu mais fiel companheiro. Olho pela janela e o futuro ainda parece mais escuro do que o presente, embora se vesilumbre uma ténue luz que tenta iluminar o caminho do mais incauto dos viajantes. Sinto-me tão sozinho esta noite que me apetece pegar no telefone e ligar para mim mesmo, para sentir que aindo me preocupo comigo. Sinto-me tao sozinho, que a minha cama parece ser maior do que quando era pequeno. Sinto-me perdido e triste, fechado numa parede de solidão e pregado a um sorriso de alegria vazia e hipócrita. Ah, o que eu sinto falta de amar alguém ou alguma coisa. Quem me dera ter alguém em quem pensar num olhar saudoso em vez de descarregar a minha frustração de solitário no teclado inocente. Sinto-me tão sozinho esta noite que até sinto a falta de sentir falta de ti. Ou talvez, sinta mesmo a tua falta. Já não sei. O facto de me referir a ti na segunda pessoa do singular demonstra por si só que ainda és especial. Mas eu não quero isso. Que arranjar outra pessoa, quero passar a sentir falta de outro alguém e quero deixar este pseudo-vazio emocional onde parece que estacionei.
Esta noite sinto-me sozinho, mas não me importo. Só queria ter alguém no pensamento para que a solidão não fosse tão pesada.