E no princípio tudo era silêncio. Isto se se considerar silêncio todos os barulhos que fazem parte daquilo que se chama de Natureza. Sempre quis saber o que isso é.
Depois, tudo deixou de ser silêncio. Os barulhos não naturais apareceram. Ou talvez os mais naturais de todos. Respiração.
Abro os olhos. Tudo, depois de ter sido silêncio, passou a ser claro. E esverdeado, mas a Natureza não tem culpa disso.
Abrir os olhos. Um pequeno movimento para uma parte do corpo, um grande movimento para um homem, sem querer roubar frases ensaiadas a ninguém, principalmente se em frente dele estiver uma mulher.
Quem sabe a mulher da sua vida.
Então e agora?
Observar, que mais? Se todas as respostas podem ser encontradas num olhar...
Mas não há olhar. Os outros olhos estão ainda fechados e para eles tudo ainda é silêncio.
E no olhar atento sobe e desce agora o peito apaixonado. Cada linha é deliciosa e demoradamente observada. Cada centímetro de pele é examinado exaustivamente.
Então outro olhar desperta e tudo deixa de ser silêncio para os dois. E não há mais Natureza em volta. Só dois olhares tornados num.
Bom dia.

segunda-feira, agosto 07, 2006
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