quinta-feira, janeiro 06, 2005

Agora ao olhar para trás, continuo sem conseguir distinguir com precisão o sonho da realidade. Tudo me parece absolutamente confuso, maravilhoso e ensurdecedor. É como se fosse uma fantástica pintura manchada por um copo de água que misturou as tintas, uma fotografia do cenário mais belo mas que havia sido mal focada. A minha memória é o papel onde um qualquer escritor louco escreve as suas ideias, despeja todos os momentos fantásticos e toda a agonia da espera que lhe vêm à ideia, sem qualquer tipo de ordem ou nexo. Tudo me parece estranhamente belo e maravilhosamente irreal. Sinto-me preso aos momentos que marcaram a última semana mas não consigo esquecer os que marcaram os últimos meses. Ainda me custa a acreditar que tudo tenha mudado, tudo tenha dado uma volta tão radical em tão mísero espaço de tempo. E agora, esta espera agonia-me, deixa-me num transe, preso entre a realidade e a imaginação de onde não consigo sair. Deixa-me no desespero dos conhecedores e na felicidade dos ignorantes. A única coisa que eu sei ao certo, é que estes foram até agora, os momentos mais felizes da minha vida.