domingo, novembro 14, 2004

Não aguentava mais. Tive que fazê-lo. Simplesmente não aguentava passar mais noites só a recordar, roído de saudades dos tempos que passaram. Ontem, fi-lo. Dei novamente o primeiro passo. Rebaixei-me mais uma vez, olhei nos olhos e abracei quem me impediu de dormir em condições durante tanto tempo. Engoli outra vez o orgulho porque já não aguentava mais, já não conseguia viver sempre nesta angústia de uma grande amizade em stand-by. Agora, só o tempo dirá se tomei a opção certa, só o tempo me vai dizer se as coisas vão se aproximar do seu estado natural, desta vez sem sentimentos reprimidos, só com a amizade de que eu tanto sentia falta. O que é certo é que agora estou pelo menos aliviado. Estou pelo menos com a cabeça vazia, com o espírito tranquilo de que não há realmente mais nada que eu possa fazer para reactar o que perdeste.
Hoje, quando me despedia de ti num abraço triste, senti um sorriso de alívio na tua cara. Ainda não está tudo resolvido mas está no bom caminho.
Incrível. Partiste à pouco mais de hora e meia, e já estou cheio de saudades tuas, só que agora já te posso ligar nas noites solitárias.
Estou tranquilo. Tinha saudades de estar tranquilo. Tinha saudades tuas.