quinta-feira, agosto 19, 2004

Já voltei no Domingo para casa, mas apenas hoje tive coragem para voltar a escrever aqui.
Podia-me armar em cínico e hipócrita e dizer que foram duas semanas espetaculares, que nunca me tinha divertido tanto em toda a minha vida.
Mas eu não sou assim e para ser sincero estas duas semanas foram uma verdadeira tortura. Senti-me como um herege a ser torturado pela Inquisição. Penso que nunca sofri tanto em tão pouco tempo.
Estou aliviado por poder ter voltado a casa.
Quando parti desejei voltar com a ideia de que este blog era desnecessário, mas acho que nunca precisei de escrever tanto nele como hoje.
Se estás a ler isto, e eu sei que mais tarde ou mais cedo vais acabar por ler, não estou assim pelos motivos que tu julgas. É fútil da tua parte pensares que estou mal por causa de mero ciúme. Nada tenho a ver com a tua vida. Eu queria, mas não tenho. Não me interesso por quantos novos apaixonados possas ter, nem qual é a tua relação com eles. Simplesmente não é da minha conta e não me afecta minimamente.
O que me interessa, isso sim, somos nós. A nossa relação que podia não ser mais que uma forte amizade mas existia, e agora desapareceu. Para onde? O que aconteceu? O que é que eu fiz?
Sinto-me traído. Depois de toda a força que te dei, de tudo em que te ajudei, de tudo o que fiz por ti, sinto-me traído. Mereço no mínimo uma explicação. Não peço mais do que isso, uma explicação.
Sinto-me revoltado. Não sei o que te fiz para seres tão agressiva para mim. Há uns dias para cá que sempre que me diriges a palavra é para me atirares com pedras que guardas na mão, e ainda tens uma ou outra no bolso para o caso de eu tentar ripostar. E se acaso até estás bem-disposta e preferes uma coisa mais divertida, escolhes a trapaça e arranjas sempre maneira de me deitar abaixo.
Não sei o que é que eu fiz. Mereço uma explicação.
Não sei como mas conseguiste transformar practicamente tudo o que sentia por ti em ódio e raiva. Estás feliz? Espero que sim.
Não fiz nada que mereça a tortura que tu me deste durante a última semana. Não te peço mais que uma explicação. Será pedir muito?

Peço desculpa a todos os que lêm isto e nada têm a ver com a história mas precisava de escrever isto. Desculpem-me