domingo, junho 26, 2005

Tudo o que se passou me parece tão longe do que é agora e, ao mesmo tempo, tão perto. Vejo-me com os mesmos desejos e esperanças que tinha há uns meses atrás. E ao mesmo tempo sei que nenhum deles pode ser cumprido.
Continuo à espera de um toque ou uma mensagem tua, como dantes. Só que esse toque ou mensagem não terá o mesmo significado.
É estranho quando nos apercebemos que a nossa vida entrou num ciclo infinito que se vai repetindo uma e outra vez. Vejo esta amizade que temos agora condenada à partida. Vejo as minhas esperanças a sairem desfraldadas mais uma vez. Vejo que tudo irá acontecer como aconteceu da última vez.
Mas eu queria um final diferente agora. Queria que houvesse uma excepção ao ciclo. Uma excepção que não confirmasse a regra. Uma excepção, aquela, com que eu sonho todos os dias. Mas não vai acontecer. Sei que não vai. E esta certeza mata-me. E estas previsões destroem-me.
Mas eu nunca fui bom médium. E esta esperança vai-me mantendo vivo.