sexta-feira, junho 17, 2005

Merda! Porque é que eu tenho que ser tão fraco? Porra, como é que me deixei cair outra vez no mesmo buraco? Porque é que desta vez serei eu a sabotar a amizade que não me chega?
Tudo voltou em grande força. Hoje, o cheiro a maresia ajudava à festa. Ajudava a relembrar tudo, a ressentir tudo. Aumentava a vontade de A beijar ali mesmo na areia.
Foda-se, de TE beijar.
Agora sei o que significa a expressão "luta interior". Lutei a tarde toda comigo mesmo para negar o inegável. Lutei para não demonstrar que estava fraco e que me tinha deixado ir outra vez. E o pior é que eu sei que desta vez não vai dar em nada. Não vai dar em nada porque eu sei demasiado.
E o pior é que eu sei que desta vez não vou conseguir esconder. E também não tenho coragem para confessar-te que voltei ao mesmo.
E o pior é que isto está destinado a minar aquilo que temos agora. Porque nós somos uma equação sem solução.
E o pior é que não te consigo esquecer. Não consigo.
E o pior é que tu não te podes dar. Pelo menos não agora. Não enquanto não tiveres certezas. Não enquanto eu não tiver certezas.
E o pior é que voltamos ao jogo. Não conseguimos viver sem ele. E eu detesto jogos. E eu detesto jogar por ti. Mas tenho que jogar, tenho que pensar bem na jogada porque se erro é certo que estrago tudo. E quero mesmo dizer tudo.
Não fomos feitos para sermos só amigos. E não fomos feitos para sermos namorados. E tu não foste feita para viver sem mim. E eu não fui feito para viver sem ti.
Eu mais tu igual a problema. Tu menos eu igual a solidão. Um a dividir pelo outro é igual a relação incompleta.
Xis igual a zero.
Eu igual a tu.
Equação impossível.