É cada vez mais difícil. Cada dia que passa, cada vez que o ponteiro dos minutos se encontra com o das horas, cada vez que o ponteiro dos segundos se mexe torna-se mais difícil de aguentar com a fachada da força que eu sou, porque eu não sou mais do que isso agora: uma fachada.
Já não tenho mais nada dentro de mim para além de ruínas, mas mesmo assim o exterior permanece intocável. Mas por quanto tempo? Durante quanto tempo vou aguentar com isto? Agora não passo de uma imagem de um edifício outrora forte, imponente, belo até, mas que não é mais do que uma recordação percorrida de alto a baixo por fendas que ameaçam o colapso.
À minha frente as gentes caminham como se nada fosse, sem se aperceberem do risco que correm ao passarem tão perto de mim. Tenho medo de que quando cair, ceife a alma de algum inocente que perto de mim passava sem se aperceber de nada.
Não sou mais que a fachada de um edifício em ruínas que, mais tarde ou mais cedo, vai acabar por eclodir também.

quinta-feira, setembro 02, 2004
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