terça-feira, junho 29, 2004

Alma

Quem és tu afinal, doce alma entristecida?
Quem és tu que buscas a dor ou prazer
Que determinado ser te pode vir a dar ou satisfazer?
Porque está a tua triste alma enraivecida?

Porque é então frágil a tua raiva
Se de tanto sofrer foi ela acumulada?
Para quem é ela dirigida, ó alma desgraçada
Errante, penosa e tristemente solitária?

Mas será que conheces a alma contrária
Pela qual tu tanto choras e gemes?
Será ela realmente a que tu tanto queres?


Será quem tu pensas a destinatária
Dos teus gemidos? Quem és tu, ó alma que tremes
Perante a ideia de estares meramente enganada?